quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Fichamento Suzana Barbosa

REMEDIAÇÕES E RUPTURAS

O emprego e a utilização dos bancos de dados no jornalismo digital opera remediações nos sistemas de produção, de coleta da informação, no âmbito dos gêneros jornalísticos e da apresentação dos conteúdos. Cabe lembrar uma vez mais: sendo o jornalismo digital uma modalidade que emerge com a internet, ele próprio remediará e será remediado por modalidades anteriores e por tecnologias como a das bases de dados, assim como irá gerar inovações quanto aos modos de fazer jornalismo através das e nas redes digitais, configurando, então, um cenário de dupla via caracterizado por remediações e rupturas.
As perspectivas de mudanças ou rupturas se dão em relação à construção das narrativas, concepção do produto e, claro, uso do arquivo, por exemplo. Além disso, nas próprias rotinas de produção das informações vão ocorrer transformações, bem como na provisão de conteúdos mais originais e variados, pois, ao lado dos recursos disponíveis para construção de narrativas, a incorporação efetiva dos usuários como colaboradores vai assegurar temáticas diferenciadas para serem exploradas. Isso refletirá, conseqüentemente, no modo como as informações são apresentadas, publicadas.
Na argumentação de António Fidalgo (2003), os produtos jornalísticos digitais assentados em bases de dados distinguem-se entre os demais online por não terem edições fixas. Isso ocorre pelo fato de uma edição ser apenas uma configuração possível gerada pela base de dados. Ao fazer esta afirmação, Fidalgo estabelece a distinção entre um jornal online feito apenas em HTML - um produto único ainda que recorra a templates ou modelos – e um que use bases de dados.
É em consonância com o princípio da transcodificação (segundo o qual todos os objetos da nova mídia podem ser traduzidos para outros formatos) citado por Manovich (2001), que ele defende a hipótese dos bancos de dados como forma cultural com estatuto próprio no jornalismo digital. Para o autor, os BD desempenham três funções simultâneas e complementares: a) de formato para a estruturação da informação; b) de suporte para modelos de narrativa multimídia; e c) de memória dos conteúdos publicados, o que o leva a considerar os bancos de dados como um formato no jornalismo digital. Machado argumenta que, de igual modo à narrativa literária ou à cinematográfica e a um plano arquitetônico na Modernidade, o banco de dados emerge como a forma cultural típica para estruturar as informações sobre o mundo/realidade na cultura dos computadores.Nos sub-tópicos que se seguem abordamos, brevemente, algumas das remediações e rupturas quanto à narrativa, aos gêneros e à memória-arquivo. Sabe-se que, em muitos casos, o uso potencial é às vezes maior do que efetivamente se tem visto de implementação.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Parto Humanizado

Juiz de Fora foi palco do Encontro Nacional pela Humanização do Parto e Nascimento. O evento fortaleceu o movimento em defesa da Casa de Parto de Juiz de Fora e trouxe pela primeira vez à cidade o Obstreta francês Michel Odent, que é um dos precursores na defesa do parto humanizado no mundo. A casa do parto teve seu atendimento suspenso para realização de partos no dia 27 de agosto. A UFJF criou uma comissão para transferência da casa para o centro de atenção à saúde (CAS/UFJF), onde de um espaço em uma casa com dois andares passaria a ocupar dois quartos em um mesmo andar de pacientes com doenças transmissíveis. Após defesa da coordenação da Casa de Parto, mostrando que não seria possível manter o atendimento às gestantes nestas condições, a comissão deu parecer favorável para a manutenção da Casa de Parto, que fica na Rua Santo Antônio, 309. A comissão começou, então, a fazer o levantamento do que classificou como irregularidades na Casa de Parto, forçando o seu fechamento para a realização de partos. Todos os esclarecimentos apresentados pela coordenação da Casa de Parto à comissão, como a declaração enviada pelo Conselho Regional de Enfermagem (COREN), de total regularidade da Casa de Parto de Juiz de Fora, não foram consideradas pela comissão. A casa continua não podendo realizar partos, deixando as gestantes que ali se preparam para um parto humanizado totalmente desamparadas.
Funcionando há mais de cinco anos, a Casa de Parto já realizou mais de 700 partos, ela é a terceira inaugurada no país. Em todo o país existem apenas 10 casas. Na Casa de Parto os profissionais se dedicam exclusivamente para oferecer as mulheres uma assistência de qualidade desejável, ao pré- natal, parto e puerperio (fase posterior ao parto).
Em seis anos de funcionamento não houve qualquer óbito, e apenas 0,8% das gestantes precisaram ser encaminhadas a uma maternidade. De acordo com o anuário estatístico feito pela UFJF, 58,16% dos partos realizados em 2005 foram cesarianas. O índice está acima do recomendado pela organização mundial de saúde, que é de 15%. A cesariana consiste em uma incisão no útero para a retirada do bebê e é recomendada em casos de dificuldades no parto normal, quando o bebê está sofrendo ou se a mãe está doente ou tem pressão alta.

De Juiz de Fora para Paris

Músico Juizforano faz sucesso na Europa

Nascido em 1976 em Juiz de Fora MG, começou seus estudos musicais no Rio de Janeiro com Marcelo Fagerlande e Pedro Persone.
Em 1993 partiu para Paris ingressando no Consevatoire National de Région onde concluiu o curso de aperfeiçoamento com menção honrosa.
Em 1996 obteve a primeira colocação no concurso de entrada para o Conservatoire National Superieur de Musique Et Danse de Paris (CNSMDP) nas classes de cravo do professor Cristophe Rousset.
Em junho de 2001, Bruno Procópio obteve os dois primeiros prêmios no CNSM de Paris em cravo e em música de câmara.
A pedido das embaixadas da França na Índia e no Irã organizou e dirigiu uma série de concertos dedicados as cantatas francesas realizados nos maiores teatros destes países. Em setembro de 2002 foi convidado para fazer a abertura da série “Música nas Igrejas” no Rio de Janeiro com a participação do flautista Hugo Reyne e da Gambista Emmanuelle Guigues. Bruno Procópio foi convidado pela Universidade Católica do Chile (2002) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Unirio (2003), para ministrar, Masterclasses de cravo, baixo continuo e música de câmara durante os cursos de inverno. Em julho de 2003 foi convidado pelo Centro Cultural Banco do Brasil para dois concertos dedicado à música barroca francesa, no qual se apresentou junto ao cantor Paulo Mestre e a Gambista Emmanuelle Guigues. Em 2005 realizou uma série de concertos dedicado a J.S. Bach na Venezuela e nos Estados Unidos. Bruno colabora como continuista em diversos grupos e orquestras como na Orchestre Du Palais Royal, Ensemble Turicum, Collegium Orfeus, Ensemble Instrumental La Réjouissance e Le Poeme Harmonique.
Radicado na França há 15 anos, o cravista mineiro Bruno Procópio, recebeu recentemente um dos mais importantes prêmios para disco de música clássica da Europa, o Diapason Dor, da revista francesa Diapason.
Filho de médicos, no início dos anos 90, Bruno Procópio estudava música e, em sua coleção de discos, constavam vários títulos do cravista, maestro, diretor de ópera e professor Christophe Rousset.
Bruno Procópio faz parte de uma nova geração de cravistas merecedora de especial atenção. Sua trajetória e sua formação junto aos professores Pierre Hantai e Christophe Rousset, fazem dele um dos mais interessantes jovens talentos do atual mundo do cravo.

Biofertilizante

Universidade Federal de Viçosa desenvolve o primeiro biofertilizante para eucalipto do mundo

O Brasil tem hoje cerca de 3 milhões e meio de hectares plantados com eucalipto. A produção de mudas atinge uma escala gigantesca, 500 milhões por ano. É um trabalho que exige mão de obra especializada, paciência e mãos delicadas. As mudas são obtidas a partir de estacas retiradas de algumas plantas, chamadas de matrizes. Nesta etapa de produção, muitas raízes não se desenvolvem. O Engenheiro Florestal, Roseevelt Almado, explica que muitas vezes esta estaca não se torna uma muda, porque às vezes, é uma diferença de material genético, ponto de coleta. Alguma situação ambiental climática dentro da casa de vegetação, falta d’água. Então, muitas vezes essa estaca pode não efetivamente virar uma muda.
Há casos em que a raiz nem chega a nascer, formando apenas nódulos na base do caule. De cada 10 mudas, 3 não sobrevivem. Para diminuir o problema, a UFV (Universidade Federal de Viçosa), desenvolveu um fertilizante biológico para eucalipto. Ele é chamado de inoculante e é composto por rizobactérias. O trabalho foi coordenado pelo professor do departamento de Fitopatologia, Acelino Alfenas. Há vários tipos de rizobactérias. Ela vive naturalmente em volta das raízes, numa relação de ajuda mútua com a planta. A bactéria vive de substâncias liberadas pela planta, junto ao sistema radicular e em contrapartida ela libera para a planta hormônios de crescimento, que facilitam o enraizamento, como também libera nutrientes, matéria orgânica e fosfato, que são importantes para o crescimento da planta. O professor Acelino teve a idéia de fazer um inoculante para eucalipto depois de observar o sucesso da utilização em tomateiros.
Foram sete anos de pesquisa até se comprovar a eficiência do inoculante. O produto é o primeiro do Brasil feito com rizobactérias e o primeiro do mundo desenvolvido especificamente para eucalipto. O inoculante aguarda registro do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI. Por isso, os royalties ainda não estão sendo pagos. Sem registro o produto não pode ser comercializado. Como o inoculante ainda não tem registro, a tecnologia ainda não está disponível para os produtores brasileiros.

Halfeld - A Rua, o Parque

Este é o nome do novo trabalho de Gerson Guedes. O artista plástico nasceu em Juiz de Fora, em 28 de outubro de 1957. A cidade tem abrigado inúmeras exposições do pintor, desde 1979. As mostras se multiplicam pelas cidades mineiras, tendo exposto também nas principais capitais do país e em La Paz,na Bolívia. O patrimônio cultural de Juiz de Fora sempre foi tema nas pinturas de Gerson Guedes. Seus trabalhos expressam simplicidade, através de formações geográficas, e a textura das mesas de fazenda, envelhecidas e rústicas, utilizando tinta acrílica sobre madeira. Seu talento vem sendo ensinado as novas gerações. Gerson é também professor de história das artes, desenho e educação artística. Entre suas exposições, destaca-se “Cartas de Minas”, que faz uma leitura da cultura mineira através de cartas de moradores de pequenas cidades por onde passava o pintor. O monumento do Cristo Redentor, construído no Morro do Imperador, completou 100 anos em 2006 e também foi tema de exposição. A bola da vez é a Halfeld. Tanto a rua como o parque, segundo Gerson, retratar a Halfeld em telas é preservar e difundir seu valor histórico e cultural para os juizforanos.

Futebol

Tupi vai disputar a Série C em 2008

O Ituiutaba, campeão da Taça Minas Gerais, confirmou que vai disputar a Copa do Brasil em 2008, com isso, o Tupi vice-campeão do torneio estadual, ficará com a vaga da série C do campeonato brasileiro, marcada para começar no dia 6 de julho do ano que vem. Com a decisão o Tupi já tem para 2008, o mesmo calendário de 2007: Campeonato Mineiro, Brasileiro Série C e Taça Minas. A vantagem é já estar garantido na terceira divisão, com calendário fechado para segundo semestre e chance de receber um investimento que vise a classificação do time para Série B do Brasileirão.

O que não pode virar moda

Juiz de Fora viveu os agitos da nona edição do Fashion Days. Nas passarelas, as últimas novidades do mundo fashion. Fama, sucesso, holofotes, luxo, brilho, visibilidade e glamour. Excelente para economia local; indústrias de cosméticos, têxteis, calçados e agências de modelos esquentam o mercado de trabalho. A Manchester Mineira ganha projeção nacional no mundo da moda e mais um evento desfila pelas passarelas da cidade.

Louvável a organização dedicar um dia a palestras, mas surpreende os temas abordados. Está certo que a proposta do evento está longe de ser o debate, e nem esta é a finalidade, mas seria uma boa oportunidade para escutar de quem faz a moda assuntos tão em voga como “anorexia”, “bulimia” e “trabalho infantil nas passarelas”.

No casting de modelos foi possível presenciar mini-celebridades de 12, 13 e 14 anos. No Brasil, a idade mínima para o trabalho do adolescente foi fixada em 14 anos. O trabalho prematuro, além de expor a criança a riscos constantes como os de acidentes, esforços desmedidos e perigosos, ainda prejudica a sua formação escolar e compromete seu desenvolvimento físico e psíquico, por forçá-la a um amadurecimento psicológico prematuro, como demonstram estudos da Organização Mundial da Saúde.

Para chegar até a passarela às crianças são submetidas a testes nas agências. O importante é a altura, medidas do corpo e beleza. São os concursos de modelo que atraem milhares de adolescentes na disputa pelo sonho de ser a próxima Gisele Bündchen. A exuberante modelo brasileira que tem cara de escandinava, corpo de americana e sobrenome alemão. As conseqüências refletem no comportamento da adolescente brasileira. Houve uma mudança no padrão de beleza. Atualmente, está na moda a miscelânea. Fotógrafos e estilistas internacionais querem rostos "globalizados", com menos estereótipos étnicos e mais indícios de mistura racial e de preferência acima dos um e oitenta.

Sabe-se que a pressão exercida nestas crianças ultrapassa o nervosismo na fila no dia dos concursos. Dietas, exercícios, horas dedicada à beleza e cobranças até da família separa do lado bom da infância. Pais que vêm no filho uma possibilidade de realização pessoal e até financeira. As formações culturais, acadêmicas, físicas, psicológicas são comprometidas e a anorexia, a bulimia, anemia e síndromes do pânico são apenas algumas conseqüências de todo o processo.
As mães que tomam remédios para dormir, os pais que tomam remédio para animar o libido sexual, não deixe que seus filhos tomem o mesmo caminho na eterna procura do emagrecimento e do sucesso. Quando falamos em trabalho infantil, lembramos com rapidez das crianças em atividade nos semáforos, das que cortam cana pelo Brasil afora, dos rostinhos sujos das carvoarias, das mãozinhas rachadas das olarias, daquelas envolvidas no tráfico de drogas, das que realizam serviços domésticos, das que carregam caixotes na feira. Mas estas das passarelas são muito belas para quem trabalha. São belas, mas na essência são todas doces crianças. Esta na hora da moda debater o que não pode virar moda.

Bom dia, bem vindo ao mundo lácteo do faz de contas

Meu caro leitor, não se surpreenda nem se assuste, mas até acordar se tornou mais caro. Calma, o sol ainda nasce pra todos o problema está na sua mesa e não é caso para o carpinteiro. Já ao amanhecer, na segunda página do jornal, começamos a fazer contas e logo com seu café da manhã. O leite aumentou 13,91% no último mês segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP. Isto é apenas uma média, porquê no freezer da sua padaria o aumento chega até a 30%. Vamos nos apegar ao seu leitinho matinal, esqueça o leite longa vida da sua esposa que aumentou 70% e o leite em pó do seu filho que dobrou de preço. Os produtores culpam a entressafra, o inverno mais rigoroso, os pastos queimados e até o stress da pobre vaquinha. Vou fazer de conta, e ir de encontro aos meus conhecimentos geográficos, para acreditar que os ciclos das estações não existem, e inverno virou novidade no meu país tropical. Quanto às vaquinhas não acredito que estejam em greve ou formando sindicatos exigindo psicólogos, mas caso estejam avisa as pobres coitadas que o preço do queijo está superando o da carne e logo seus “maridões” e garrotes vão virar churrasco, logo elas voltam pra labuta. Os distribuidores, produtores e especialistas procuram explicações que viajam da seca norte-americana ao aumento do consumo da China. No tempo do meu avô os problemas vinham da conchichina, agora com essa mania que o jovem tem de simplificar as palavras, os problemas mudaram para a China. Vamos fazer de conta de novo, que o país oriental que descobriu o papel e a impressão que te possibilita agora de ler, inventou a pólvora no século 8, ao final da Dinastia Tang e o chá em 2737 a.c foi descobrir o leite só agora. E pior, descobriram também a bússola e nortearam logo pelo leite das vaquinhas dos nossos campos que antes eram dos sabiás. De volta para o mundo do “faz as contas”, a verdade nua e crua é outra. Os produtos lácteos estavam defasados em relação aos outros produtos da cesta básica e a oportunidade fez o ladrão. Com o aumento da exportação e conseqüente escassez no mercado os produtores enxergaram neste tenebroso inverno a oportunidade de aumento e os distribuidores não quiseram ficar pra trás embarcaram na onda. Não se assuste caso o seu pãozinho também aumentar de preço, o trigo já aumentou e a expectativa é que a carne do seu patê de presunto siga o mesmo caminho. Os economistas, especialistas e entendidos do assunto fazem de conta que isto seja culpa do efeito cascata, mas no meu mundo do “faz as contas” eu prefiro entender como atestado de otário ao consumidor. Até o almoço com macarrão ao molho branco e na sobremesa pudim de leite condensado. Bom dia!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

AIDS

A AIDS é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo vírus da imunodeficiência humana, mais conhecido como HIV.
A AIDS não é causada espontaneamente, mas por um fator externo, a infecção pelo HIV.
O HIV destrói os linfócitos, células responsáveis pela defesa do nosso organismo, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era quase uma sentença de morte. Uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus, por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal. Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos esses fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.
A AIDS não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. Febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou línguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer, são os principais sintomas. Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como, tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso.
Os primeiros sintomas da AIDS começam a aparecer entre oito e dez anos após a infecção pelo HIV, como conseqüência à diminuição do número de linfócitos, que são as células de defesa do organismo. Esse tempo, porém, varia de pessoa para pessoa. Há casos em que a AIDS demora mais tempo para se manifestar, podendo a presença do HIV passar despercebida por vários anos. Há registro de casos em que se passaram 15 anos até a manifestação dos primeiros sintomas da doença, tempo este denominado período de incubação. Nessa fase, o acompanhamento médico é muito importante. A queda da contagem de linfócitos é de 30 a 90 células por ano e está diretamente relacionada à velocidade da reprodução viral e à progressão para a AIDS.
Existem algumas hipóteses de como surgiu o HIV, mas até hoje nenhuma delas foi comprovada.
Existe um vírus semelhante em uma espécie de macacos, denominado SIV - Vírus da Imunodeficiência Símia (Simian Immune Deficiency Virus). A contaminação para os seres humanos pode ter ocorrido através de brincadeiras, como mordidas; devido a criação destes animais em cativeiro ou pelo hábito de consumir a carne destes animais praticamente crua;
A ação indiscriminada do homem, sobre o planeta em que vivemos, facilita a propagação de agentes etiológicos que estão em equilíbrio ecológico na região a que pertencem;
O HIV teria sido criado em laboratório. Esta hipótese já não é tão considerada porque muitos institutos de pesquisa armazenam, durante anos, amostras de derivados de sangue para fins de pesquisa. Foi encontrada a presença do HIV em amostras da década de 50. Nesta época não havia tecnologia, a engenharia genética não era tão evoluída para poder produzir um agente etiológico.
No caso da AIDS, os primeiros casos foram descritos em 1981 no Estados Unidos, pelo CDC (Center for Desease Control), um Centro de Controle de Doenças que tem a função de receber notificações, pesquisar, investigar e identificar as diferentes doenças e seus agentes causadores. Uma nova doença estava sendo descrita, que causava uma diminuição drástica da imunidade dos indivíduos, afetando de maneira importante seu sistema imunológico, isto é, as células do sistema de defesa do organismo. Esta nova doença foi denominada AIDS ou SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), não se sabia então qual era a sua causa. Deu-se então uma grande corrida científica. Nunca nenhuma outra doença gerou tantas descobertas em tão pouco tempo.
Dois grandes grupos de cientistas estavam diretamente envolvidos. Robert Gallo do National Institute of Health e Luc Montagnier do Instituto Pasteur. Achavam que o causador da AIDS seria um tipo de vírus que provocava o câncer entre os seres humanos. Em 1983, Luc Montagnier descreveu um vírus que seria o provável agente causador da AIDS e deu-lhe o nome de LAV
(Lymphadenopathy Associated vírus). Em 1984, Robert Gallo descreveu o mesmo vírus e relacionou-o à AIDS, chamando-o de HTLV-III (Humam T Leukemia Vírus-III). Em 1985, ele foi denominado pelo comitê pelo comitê Internacional de Taxonomia de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).

AIDS no Brasil
No Brasil, já foram identificados cerca de 433.067 mil casos de AIDS. Este número refere-se a identificação do primeiro caso de AIDS, em 1980, até julho de 2006. A taxa de incidência foi crescente até metade da década de 90, alcançando, em 1998, cerca de 17 casos de AIDS por 100 mil habitantes.
Do total de casos de AIDS, cerca de 80% concentram-se nas Regiões Sudeste e Sul. O Sudeste é a região mais atingida desde o início da epidemia e, apesar da alta taxa de incidência, mantém-se num processo de estabilização. Na região Sul observa-se aumento das taxas de incidência de casos até 2003, porém com uma provável desaceleração de crescimento nos anos mais recentes.
Em 2004, pesquisa de abrangência nacional estimou que no Brasil cerca de 593 mil pessoas, entre 15 a 49 anos de idade, vivem com HIV e AIDS (0,61%). Deste número, cerca de 208 mil são mulheres (0,42%) e 385 mil são homens (0,80%).
A mesma pesquisa mostra que quase 91% da população brasileira de 15 a 54 anos citou a relação sexual como forma de transmissão do HIV e 94% citou o uso de preservativo como forma de prevenção da infecção. O conhecimento é maior entre as pessoas de 25 a 39 anos, entre os mais escolarizados e entre as pessoas residentes nas regiões Sul e Sudeste.
Os indicadores relacionados ao uso de preservativos mostram que aproximadamente 38% da população sexualmente ativa usou preservativo na última relação sexual, independentemente da parceria. Este número chega a 57% quando se consideram apenas os jovens de 15 a 24 anos. O uso de preservativos na última relação sexual com parceiro eventual foi de 67%. A proporção comparável em 1998 foi de 63,7%.
O país acumulou cerca de 172 mil óbitos por aids até dezembro de 2004. Até 1995, a curva de mortalidade acompanhava a de incidência de AIDS, quando atingiu a taxa de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes. Após a introdução da política de acesso universal ao tratamento anti-retroviral, observou-se queda na mortalidade. A partir de 2000, evidencia-se estabilização em cerca de 6,3 óbitos por 100 mil, embora essa tendência seja bem mais evidente na Região Sudeste e entre os homens. Além disso, entre 1993 e 2003, observou-se um aumento de cerca de cinco anos na idade mediana dos óbitos por AIDS, em ambos os sexos, refletindo um aumento na sobrevida dos pacientes.
Em 2005 a epidemia ficou estabilizada girando em torno de 600 mil portadores, ao contrário de países da África, em que ela é generalizada.
De acordo com o cardiologista Walter Lins, apesar dos bons resultados obtidos pelo Brasil, ainda há desafios importantes a serem enfrentados, como a discriminação social que os profissionais do sexo sofrem, apesar de já terem sido reconhecidos oficialmente na Classificação Brasileira de Ocupações, do ministério do Trabalho.
Em 2005, foram registrados 33.142 casos, com taxa de incidência de 18,0 - a menor desde 2002. A taxa de incidência é o número de casos registrados em cada grupo de 100 mil pessoas. Em 2006, nos sete primeiros meses, foram notificados 13.214 casos. Hoje, estima-se que aproximadamente 600 mil pessoas vivem com HIV e AIDS no Brasil. Número que permanece estável desde 2000.
Nas pessoas com 50 anos ou mais, observa-se tendência de crescimento da epidemia. Entre 1996 e 2005, na faixa etária de 50-59 anos, a taxa de incidência entre os homens passou de 18,2 para 29,8; entre as mulheres, cresceu de 6,0 para 17,3. No mesmo período, há aumento da taxa de incidência entre indivíduos com mais de 60 anos. Nos homens, o índice passou de 5,9 para 8,8. Nas mulheres, cresceu de 1,7 para 4,6.
Na população masculina, há discreta queda na taxa de incidência para cada 100 mil, que era de 22,5 em 1996 e foi para 21,9 em 2005. Nos adolescentes (13 a 19 anos) e adultos jovens (20 a 24 anos), as reduções foram maiores, no mesmo período. Nos adolescentes, a taxa caiu de 2,0 para 1,4. Nos adultos jovens, passou de 19,2 para 13,3.
Segundo o levantamento, nas mulheres a taxa de incidência saltou de 9,3 em 1996 para 14,2 em 2005. Há quedas discretas no número de casos em crianças menores de 5 anos, nas adolescentes e nas adultas de 20 a 29 anos. Nas mulheres com mais de 30 anos, há aumentos em todas as faixas etárias, confirmando o crescimento do número de casos de aids na população feminina, observado a partir da década de 1990.
A razão dos casos de AIDS entre os sexos vem mostrando sinais de estabilização nos últimos anos. Em 1985, no início da epidemia, havia 26,5 casos da doença em homens para um em mulher. Ao longo dos anos, a proporção caiu constantemente. Em 2005, a razão foi de 1,5 caso em homem para um em mulher, número estável desde 2003.
De acordo com o relatório, apesar de os números de mortes de 2005 serem preliminares, pode-se afirmar que há queda significativa na taxa de mortalidade (número de óbitos por 100 mil habitantes), que passou de 9,6 em 1996 para 6,0 em 2005. De 1980 até o ano passado, o número acumulado de mortes em decorrência da AIDS é de 183.074. Em 2005, houve 11.026 mortes, confirmando a média anual de óbitos, observada desde 2000. Em 1996, foram 15.017 mortes. Quando se analisam os dados por regiões, observam-se as seguintes taxas:
Nos homens, observa-se diminuição nos casos entre homossexuais e aumento entre os bissexuais e heterossexuais. Nesse último grupo, em 1996, o percentual em relação ao número total de casos foi de 22,5%. Em 2005, passou 44,2%. Nas mulheres, a epidemia segue com a característica de ser quase que totalmente de transmissão heterossexual, responsável por 94,5% dos casos registrados em 2006.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Guia do Download

No Brasil não faltam discos rígidos prontos para serem preenchidos. Foram 7 milhões de computadores vendidos só nos primeiros nove meses deste ano. Nos últimos três meses, pela primeira vez, a venda para usuários domésticos superou a de máquinas corporativas. Os números são da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) para o mercado brasileiro. O recheio para tantas máquinas saindo da fábrica pode ficar mais barato. Isso sem abrir mão de qualidade e de variedade. O famoso download pode ser feito em depósitos populares, nos quais a avaliação de outros usuários ajuda a encontrar o programa que você procura. Os filtros (por tipo de licença, relevância, sistema etc.) são fáceis de utilizar.

- Organização

Baixar os programas da internet para seu micro demanda tempo. O usuário pode se valer de um gerenciador de download. Tais programas prometem acelerar a transferência, ajudam na organização, fazem serviços agendados e muito importante continuam a baixar arquivos cujo processo de recebimento tenha sido interrompido de forma anormal. Mas não basta só cuidar de como você recebe o conteúdo é preciso estar protegido contra as ameaças. Na carona de um programa útil, podem estar softwares maliciosos. Por isso, além de certificar-se da credibilidade das fontes, o usuário deve sempre ter um antivírus instalado. Nada disso adianta se os programas ficarem perdidos pelo disco rígido. Uma saída é baixar programas com interfaces agradáveis para vasculhar seu micro; há também opções que adicionam buscadores poderosos ao computador.

- Crie pastas para receber os arquivos da internet

Crie uma pasta dedicada a receber os programas por download. Dessa forma, é mais fácil encontrar onde estão os arquivos de instalação baixados ou gravar downloads importantes em uma mídia externa. Para criar um diretório no Windows XP, entre no ícone Meu computador, na área de trabalho do sistema operacional. Se quiser a pasta com os downloads fique na área de trabalho, selecione o diretório Desktop. Na barra do lado direito, selecione a opção Criar nova pasta. Quando você baixa um programa direto do navegador, uma janela se abre e pergunta o endereço em que o programa será guardado. Selecione a pasta criada para isso. Para gravar uma imagem da internet, basta clicar com o botão direito do mouse sobre ela e escolher a opção Salvar imagem como. Se fizer downloads de muitos tipos diferentes de arquivos como música, imagens, programas etc, vale a pena criar pastas para os tipos de documentos mais comuns recebidos. Para gravar uma imagem da internet, basta clicar com o botão direito do mouse sobre ela e escolher a opção Salvar imagem como. Programas com nomes semelhantes podem causar problemas, Setup é comum. Para não se confundir, na hora do download existe a opção de criar uma nova pasta. No alto da janela que se abre, ao lado da seleção do diretório, há um ícone de um arquivo com uma pequena estrela. Passando a seta do mouse por cima desse desenho, o usuário vê a descrição Criar nova pasta. Nesse caso, escolha como nome algo que identifique o programa que você está baixando.

- Softwares fazem busca rápida em todo o conteúdo do disco

O Copernic Desktop Search (www.copernic.com) cria uma barra de acesso no desktop que encontra arquivos mais rapidamente do que a pesquisa do Windows. A busca pode ser feita por tipo de documento mesmo e-mails do Outlook e Thunderbird, entre outros clientes nas opções expandidas. No site, ainda há a versão de teste de um soft que permite fazer busca no PC usando um celular.

- Gerenciadores tornam atividade mais produtiva

Existem bons programas para facilitar o download. Além de organizadores dos arquivos copiados da internet, eles aceleram a transferência. Esses softwares também conseguem retomar uma transmissão interrompida por desligamento da máquina ou por erro do usuário. Dessa forma, aquilo que já foi copiado para o computador não se perde.

- Pacote para escritório cria arquivo PDF

Não ocupa muito espaço nem exige muita memória de seu computador. Criar um arquivo PDF no BrOffice é fácil. Basta clicar em um ícone, que fica embaixo dos menus, com o símbolo do formato e salvar o documento como se faz normalmente. Usuários avançados podem instalar extensões (extensions.services.openoffice.org). Por exemplo, uma que integra o editor de texto a blogs, para a criação de posts com os recursos do Writer.

- Programas caros, como os editores de imagens, podem ser substituídos

É cada vez mais comum o desenvolvimento de freewares poderosos e complexos. As ferramentas para a manipulação de imagens, como o Gimp (gimp.org). Com vários recursos avançados e mais de cem plugins disponíveis, é uma boa alternativa ao Adobe Photo-Shop. Entre os editores de gráficos vetoriais, que buscam substituir o Adobe Ilustrador, destaca-se o Inkscape (inkscape.org). Animações em 2D com imagens vetoriais podem ser criadas com o Synfig (synfig.org). O blender (blender.org) é uma das mais conceituadas e completas soluções para trabalhos com gáficos tridimencionais. O editor de imagens Paint.NET (www.getpaint.net) foi eleito um dos cem melhores produtos deste ano pela “PC World”. O programa possui recursos de camadas. Mas o mais impressionante é o histórico de ferramentas usadas. Ele promete guardar todas as ações feitas durante o processo de edição, as ações ficam separadas por ícones que representam as ferramentas. Dessa forma, o Undo permite voltar atrás em todas as ações tomadas pelo usuário. Bem mais simples, o IrfanView (www.irfanview.com) serve para visualizar imagens. Ele realiza edições básicas como mudar o tamanho ou rotacionar uma foto e possui alguns efeitos sofisticados.


- Armazéns têm ranking social e busca detalhada

Grandes armazéns de software são fáceis de navegar. O brasileiro baixaki.ig.com.Br é um bom exemplo. A sua página inicial apresenta dicas de forma bastante clara. Na barra laranja, no alto, existem categorias. Cada uma possui uma organização semelhante à inicial, mas com destaques restritos ao seu tema. Usando a caixa de buscas, o site procura programas que tenham as palavras escolhidas em sua descrição. O superdownloads.uol.com.br também é um armazém completo, mas com uma interface mais confusa que o Baixaki e ele tem mais recursos, mas lotam a tela. É possível listar os programas por uma ordem baseada na média das notas sociais. Em inglês. A www.softpedia.com espanta pela quantidade de programas adicionados a todo momento, a maior parte é totalmente dispensável. O mérito do site é um adesivo que garante que o programa foi testado contra vírus e spywares, o que da segurança na hora do download. O sourceforge.net é uma comunidade de projetos em código livre. É voltada para desenvolvedores, mas o usuário encontra bons programas por lá.


- Softs de proteção estão entre os mais populares e necessários

Encher o disco rígido de presentes gratuitos da internet pode sempre resultar em uma surpresa desagradável. Por isso, é importante ter sempre um antivírus, um anti-spyware e um firewall atualizados, Procure baixar programas de fontes conhecidas e com credibilidade. A Grisoft (free.grisoft.com) possui um dos antivírus gratuitos mais populares, o AVG o programa mais baixado no site Download.com. Outro antivírus gratuito bastante utilizado é o Avast Home Edition (www.avast.com). No Download.com está outro programa de proteção. O anti-spyware gratuito Ad-Aware 2007 (www.lavasoftusa.com/products/ad_aware_free.phd), que, tem uma avaliação de quatro de cinco dos usuários. O Spybot – Search & Destroy (www.safer-networking.org/pt) também é uma boa opção de anti-spyware para usuário doméstico. A Zone Alarm (www.zonealarm.com) possui um popular firewall gratuito.

- Software livre tem espaço profissional

Parte dos desenvolvedores dos softwares livres trabalham por prazer e em busca de conhecimento, com esse tipo de programa, que pode ser distribuído e alterado de graça. Na infra-estrutura de tecnologias da informação, como servidores e sistemas operacionais, softwares livres como o Linux e o Web Apache são comuns. Atualmente, a USP está instalando o Centro de Competência em Software Livre, que terá prédio próprio. Entre os objetivos, está a prestação de assessoria na área para pessoas comuns, empresas e órgãos públicos.

BitTorrent é opção para compartilhar arquivos na rede. Um dos meios mais populares e eficientes de conseguir conteúdo gratuito na internet é o BitTorrent, um protocolo utilizado para compartilhamento de arquivos ponto a ponto. Nele, o arquivo a ser distribuído é dividido em pequenas partes. Assim que uma delas é baixada para o seu computador, ela já se torna disponível para que outros façam o mesmo. Isso acelera a velocidade dos Downloads, pois não é necessário ter o arquivo inteiro para compartilhá-lo. Para fazer os Downloads, é necessário instalar um programa cliente, como uTorrent, (Windows; utorrent.com), Transmission (Mac e Linux, entre outros; transmission.m0k.org), Azureus (Windows, Mac, Linux; azureus.sourceforge.net). Alguns browsers, como opera (opera.com), são compatíveis com BitTorrent. Após instalar o cliente, configure-o de acordo com a conexão. No uTorrent, basta acessar o menu Options e selecionar Speed Guide. Em connection Type, selecione a velocidade de sua conexão, e o programa fará uma configuração automática. Sites úteis para achar conteúdo para download são btjunkie.org, isohunt.com, mininova.org, torrentspy.com e torrentz.com.

Casarões da Corte de D. João 6° estão em ruínas no Rio

Casarões da Corte de D. João 6° sofrem com o descaso
Parte da história da vida da corte real portuguesa para o Brasil que completa, 200 anos em 2008 está caindo pelas ruas do centro do Rio. Apenas 8 dos cerca de 150 imóveis que serviram de moradia para membros da corte, registrados no Arquivo Nacional permanecem em pé. Na lista, há o palacete de um dos ministros de D. João 6°, um casarão de um nobre da corte e casas que serviam de comércio e moradia para comerciantes portugueses. As 150 casas que receberam os portugueses estavam entre as mais nobres da cidade na época. Elas foram desapropriadas por determinação de D. João 6° (www.historianet.com.br) para abrigar os nobres que chegavam com a família real.

As Leis e o Patrimônio Histórico
A preservação, segundo a lei, deveria estar sendo feita pela Prefeitura do Rio e pelo governo federal, por meio do Iphan.
O artigo 350 da Lei Orgânica do Rio de Janeiro diz que integram o patrimônio cultural do município os bens móveis, imóveis, públicos ou privados, de natureza ou valor histórico, arquitetônico.
O superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no Rio, Carlos Fernando Andrade, diz que falta, também, incentivo da iniciativa privada para investir nos imóveis, já que muitos deles são privados. O Iphan só conseguiu captar R$ 30 milhões de R$ 145 milhões em projetos de patrimônio histórico no Rio em parceria com empresários.



Eventos para celebrar os 200 anos da vinda da corte
Em 2008, o Rio terá uma série de eventos para celebrar os 200 anos (www.200anosaberturadosportos.com.br) da chegada da família real ao Brasil. O início oficial será em março com a reabertura da Igreja da Antiga Sé. Em fevereiro, será lançado a reedição do poema “La Henriade”, de Voltaire, de 1812. Em abril, será a vez do “Dicionário do Brasil Joanino”, com 120 verbetes escritos por especialistas sobre a época. Em setembro, da edição ampliada da “Bibliografia da Impressão Régia”. Há ainda musical, exposição e filme sobre D. João 6° e uma peça na praça 15.


A vinda da corte para o Brasil
A mudança da família real e da corte portuguesa para o Brasil foi devido há política expansionista do imperador francês Napoleão Bonaparte. Em 1806, o imperador francês decretou o Bloqueio Continental, obrigando todas as nações da Europa continental a fecharem seus portos ao comércio inglês. O principal inimigo de Napoleão era a Inglaterra. Com isso pretendia enfraquecer os ingleses, isolando-os de seus mercados consumidores e de suas fontes de abastecimento. Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Os ingleses eram fornecedores dos produtos consumidos em Portugal e também compradores das mercadorias portuguesas e brasileiras. O embaixador inglês em Lisboa, Lord Percy Clinton Smith, conseguiu convencer Dom João a transferir-se com sua corte para o Brasil. Assim, os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro. Em 1807, Dom João e sua família partiram para o Brasil. No dia seguinte, as tropas francesas invadiram Lisboa.




História e Arquitetura
O arquiteto Francisco Veríssimo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), afirma que a Revolução Industrial e as renovações de estilo da década de 1920 reconfiguraram as construções do centro do Rio. Antes das intervenções , as casas não seguiam um estilo específico. Quase todas as casas tinham portas bem grandes porque sempre funcionava algum tipo de comércio no primeiro andar, por isso, o centro do Rio começou a se transformar em um centro comercial.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Lewis Wickes Hine

Lewis Wickes Hine, sociólogo Norte-Americano, nasceu em Oshkosh, Wisconsin, no dia 26 de Setembro de 1874. Estudou Sociologia em Chicago e Nova Yorke (1900-07) antes de achar trabalho na Escola de Cultura Ética (Ethical Culture School). Hine, que comprou sua primeira câmera em 1903, aplicou suas fotografias em seu ensino e estabeleceu o que ficou conhecido como Fotografia Documental. Dedicou-se à fotografia em 1905 a fim de divulgar a miséria dos imigrantes europeus. Em 1908, continuou seus estudos sociológicos com fotografias de trabalhadores metalúrgicos de Pittsburg. Hine expôs à opinião pública as péssimas condições de trabalho, campanha que teve como resultado a aprovação da lei de trabalho infantil.
Hine também usava sua câmera pra capturar a pobreza que testemunhava em Nova York. Isso incluía um estudo fotográfico sobre os imigrantes de da Ilha de Ellis. “A emigração para os Estados Unidos ofereceu a alguns fotógrafos uma rara oportunidade de poder ver a terra da promissão e liberdade atraindo para si os famintos e desabrigados da Europa. Para Lewis Hine, [...], a oportunidade serviu pra mostrar como, na realidade, milhões de emigrantes terminaram vivendo marginalizados em cortiços superpovoados em Nova York, Chicago e Filadélfia, ganhando miseráveis salários, em empregos onde eram praticamente escravizados.” (Busselle, Michael. Tudo sobre fotografia. 11ª reimpressão da 1ª edição de 1979.Thomson Pioneira. Pg.167).
Em 1908, Hine publicou “Charities and the Commons” (Caridades e os Comuns), uma coleção de fotografias de trabalhos abusivos nas construções de prédios. Hine esperava que pudesse usar essas fotografias pra trazer uma reforma social.
Como professor, Hine era especialmente um crítico no que dizia respeito às leis de trabalho infantil. Embora alguns estados tivessem decretado uma legislação para proteger jovens trabalhadores, não havia leis nacionais para lidar com esse problema. Em 1908 o Comitê Nacional do Trabalho Infantil contratou Hine como seu detetive e fotógrafo, onde trabalhou por oito anos. Isso resultou em dois livros no assunto, “Child Labour in the Carolinas” (1909) e “Day Laborers Before Their Time” (1909). Em 1909, publicou o primeiro artigo sobre crianças trabalhando em risco. Nessas fotografias, a essência da juventude perdida presente nas faces tristes e até raivosa de seus objetos. Algumas de suas imagens, como essa da garota olhando para fora da janela, estão entre as fotos mais famosas já tiradas.
Hine viajou pelos Estados Unidos tirando fotos de crianças trabalhando nas fábricas. Em um período de um ano, ele cobriu mais de 19.300 km. Diferente dos fotógrafos que trabalharam pra Thomas Barnardo, médico e missionário americano que abrigava crianças de rua, Hine não tentou exagerar na pobreza desses jovens. As críticas a Hine diziam que as fotos dele não eram chocantes o bastante. Porém, Hine afirmou que as pessoas preferiam se juntar à campanha se achassem que as fotografias capturavam com clareza a realidade da situação.
Os donos das fábricas às vezes não permitiam que Hine fotografasse e acusavam-no de investigar e expor suas fotos. Pra ter acesso, Hine escondia sua câmera e fingia ser um inspetor de incêndio. Assim, capturava fotos reveladoras sobre o verdadeiro funcionamento de tantas fábricas dispostas por todo o território dos Estados Unidos. Hine disse em uma audiência: "Talvez vocês estejam cansados de fotos de trabalho infantil. Bem, nós também estamos, mas nós propomos fazer vocês e o resto do país ficar tão enjoados desse trabalho que quando a hora (de lutar) chegar, o trabalho infantil será apenas registros do passado.” Em 1916, o Congresso passou uma legislação de proteção à criança. Como um resultado do Ato de Keating-Owen, restrições foram colocadas no emprego de crianças com idade igual ou abaixo de 14 anos em fábricas e lojas.
Após o sucesso de sua campanha contra o trabalho infantil, Hine trabalhou para a Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra. Isso o levou à Europa onde fotografou as condições de vida dos franceses e belgas, que sofriam com os impactos da Guerra.
Nos anos 20, Hine apoiou uma campanha de estabelecimento de leis mais seguras para trabalhadores. Hine escreveu mais tarde: "Eu queria fazer algo positivo. Então disse a mim mesmo, ‘Por que não fotografar o trabalhador trabalhando? O homem no trabalho? Na época eles eram tão desprivilegiados quanto as crianças’”.
Em 1930-31 registrou a contrução do Empire State Building que mais tarde foi publicado em um livro, “Men at Work” (Homens no trabalho) (1932). Nos anos 30 os jornais já veiculavam fotografias e havia o interesse crescente por temas sociais. Após isso, a Cruz Vermelha mandou que fotografasse as consequências da seca em Arkansas e Kentucky. Ele foi também contratado pelo Tennessee Valley Authority (Autoridade do Vale do Tenessee) (TVA) pra registrar o prédio das represas.
Hine tinha dificuldade pra ganhar dinheiro a partir de suas fotografias. Em Janeiro de 1940, perdeu sua casa após deixar de pagar o “Home Owners Loan Corporation” (Corporação de Empréstimos pra Proprietários de Casas). Lewis Wickes Hine morreu extremamente pobre 11 meses depois, no dia 3 de Novembro de 1940.
Mesmo que fosse tão comum haver tanta injustiça social, mesmo que a maioria da spessoas estivessem acostumadas com esses problemas, e mesmo que até os próprios operários estivessem à vontade em tal situação, dado o contexto, o fotógrafo tinha a intenção de fazer uma denúncia social. Caso a foto seja do próprio Lewis Hine, essa intenção tornava-se explícita, principalmente sabendo que Hine dedicou sua vida às causas sociais por quais se sensibilizava. Hine passou grande parte da sua vida registrando cenas que para a sociedade atual seriam inaceitáveis. O contexto daquela época (anos 10, 20) carregava consigo uma série de injustiças, especialmente no que dizia respeito aos imigrantes e às crianças. Trabalhavam em condições terríveis e não eram bem recompensados, e visto por Hine isso deveria mudar de uma vez por todas.
Suas fotos passavam grandes significados. Ele capturava expressões nos rostos dos trabalhadores que traduziam a realidade daquelas pessoas de maneira transparente. Dizia: “Se eu pudesse contar uma história com palavras, não precisaria andar com uma câmara”.
Fazia uso de lentes normais, pelo seu pequeno porte, pra que não chamasse atenção, especialmente quando fotografava vários meninos e meninas juntos. Os planos variavam entre plano aberto, quando desejava contextualizar seus objetos de fotografia, plano médio, para fotos em conjunto enfocando os rostos de seus objetos, e plano próximo, para fotos individuais.
A maioria de suas fotos era frontal, uma vez que seu grande objetivo era capturar a expressão nos rostos dos trabalhadores, mas também usava ângulos diferentes pra criar uma perspectiva mais interessante (como mostrar a máquina e assim deixar claro qual era a função de certa pessoa). Ao fotografar, achava importante estar sempre no nível de quem fotografava (percebe-se que há grande simetria, nunca há chão demais nem teto demais, só quando necessário para a composição, e seus “modelos” eram centralizados com precisão).
Pelo que podemos perceber em seu trabalho, não havia manipulação, até porque essa era uma de suas crenças (também uma regra). Para ele, a imagem só tinha credibilidade quando não havia sequer um tipo de manipulação, seja na cor, no contraste, ou o que fosse. Ao referir-se sobre suas fotografia usava a palavra “crua”, que é auto-explicativa.
Ao compor a foto, Hine era muito cuidadoso. Apesar da vontade de ser discreto, enquadrava as máquinas de maneira sutil, para que mesmo quando desfocadas (pois o foco estaria sempre nos trabalhadores) as máquinas parecessem nítidas e descrevessem o lugar onde sua câmera, ou melhor, lentes, congelavam com sentimento de justiça seu objeto de estudo e trabalho.
Durante sua existência, caminhou por grande parte dos Estados Unidos da América fotografando pessoas, e o fazia por elas, para denunciar algo que o incomodava de maneira tal que dedicou sua vida a isso. Suas fotos contribuíram para que leis de proteção aos jovens fossem criadas, e que houvesse melhoria nas condições de trabalho para o resto dos cidadãos (os que também viviam em um regime de “semi-escravidão”).
A nobreza de Hine garantiu que, naquele país que viria futuramente ser uma potência mundial, crianças não fossem mais exploradas em favor do lucro, nem imigrantes trabalhassem por menos e em condições perigosas, e assim essas injustiças passassem a ser apenas fotografias de uma história americana, e exemplo para o resto do mundo.

Sonhar é Possível

Mecânico de Luxo

Aos 19 anos ele saiu do Brasil com um sonho, ser mecânico da Fórmula 1. Sabia que não seria fácil, mas também não desistiu e 21 anos depois ele está exatamente onde queria. Téo Santos é o único mecânico brasileiro na elite do automobilismo mundial. O mecânico vive na Inglaterra, onde é casado e tem quatro filhas. Ele é mecânico da Escuderia Willians. Saiu de Juiz de Fora com intenção de chegar a Fórmula 1. Foi para os Estados Unidos aprender inglês mesmo sabendo que a base era na Europa. Téo Santos destaca que ser mecânico da Fórmula 1 é uma responsabilidade muito grande.
- O carro tem que estar 100% em condições, o piloto chega a 300 km por hora e qualquer problema mecânico que o carro possa ter, pode ocorrer um acidente fatal.
Ele, confessa que é um trabalho cansativo, mas vale a pena.
- Eu sacrifiquei muita coisa, é muito desgastante, mas está valendo a pena, eu acredito que qualquer um pode fazer que eu fiz, não sou mais especial do que ninguém, quem quiser fazer qualquer coisa tem que persistir que consegui. Em dezembro Téo Santos, já volta para a Inglaterra onde fica a sede da Escuderia Willians, onde os mecânicos já estão trabalhando no carro de 2008.