Os Computadores, mídias e seus derivados são componentes eletrônicos que vêm em processo contínuo de crescimento na produção e conseqüentemente nas vendagens. Nos shoppings da cidade é possível encontrar lojas especializadas em vender mídias de cds e dvds. Segundo o IBGE, Juiz de Fora já atingiu o índice de 10% de domicílios com computadores. Tudo isto soa como positivo na era da revolução tecnológica, da globalização, da informatização.
No processo acelerado que caminham os avanços tecnológicos, um computador comprado hoje já está defasado amanhã. Uma placa mãe de um ano atrás é ultrapassada. E o seu mouse que não é óptico, já não serve mais. O seu teclado não é da cor do mouse novo, aproveita leva um kit da mesma cor. No embalo leva dez mídias de cds – na média tem sempre alguma defeituosa - a cinqüenta centavos cada uma. Se você já passou por alguma situação desta cabe a pergunta, o que você fez na hora do descarte? Imagina cinqüenta mil juizforanos.
A grande parte destes aparelhos é recuperada por catadores e vendida para reutilização. Mas durante o processo, eles e o meio ambiente ao redor estão expostos aos perigos em decorrência do contato com metais pesados como mercúrio, chumbo, berílio, cádmio e bromato que deixam resíduos letais no corpo, solo e cursos de água o restante vai para o aterro sanitário da cidade.
No local, esses aparelhos não possuem espaço adequado para depósito. “Todo esse material é encaminhado ao aterro sanitário, onde é armazenado com o lixo doméstico”, afirmou a engenheira ambiental do Demlurb, Giseli Teixeira. Um processo inadequado que mostra o despreparo de uma cidade que ultrapassa o meio milhão de habitantes. O descarte impróprio de computadores e componentes eletrônicos causa sérios problemas ambientais. Apenas os monitores podem conter até três quilos de metais pesados. Com o rápido avanço tecnológico, o lixo eletrônico é o gênero de resíduo que mais cresce no mundo.
O indicado é a revenda ou a doação. Lojas especializadas na cidade compram – a preços não muito vantajosos – computadores e equipamentos usados. A outra opção é a doação, algumas instituições aceitam os equipamentos ou tem sempre um parente ou amigo que precisa. Algumas ONGS utilizam os equipamentos que não servem mais, para fazer arte com sucata de forma segura.
A esperança era de que a revolução dos computadores terminasse com um dos reflexos da primeira revolução industrial, ao eliminar o problema dos rios, paisagens e “pulmões” contaminados pelo lixo produzido pelas fábricas. Mas a revolução informática, apoiada por uma indústria silenciosa e impulsionada por chips de silício, causará danos incalculáveis e por enquanto desprezado pelos governantes e a maior parte da população.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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Um comentário:
Concordo plenamente,quando começar a aparecer conseqüências mais graves,irão dizer que devemos nos conscientizar e blá,blá,blá...
Seria mais fácil começarmos desde já.
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